Doença que geralmente se desenvolve de maneira lenta e progressiva, a catarata pode ser causada por múltiplos fatores: idade, traumas e doenças oculares, diabetes e uso de cortisona. Existem também as causas congênitas, que são as mais raras. Há também indícios de que a exposição crônica à radiação ultravioleta, uma dieta não balanceada e o tabagismo possam favorecer o aparecimento da catarata. À medida em que a catarata avança, a visão vai ficando progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades mais comuns tais como a leitura, o caminhar ou até assistir TV. Nos casos extremos, a queixa óbvia é a perda da visão útil. Não são raros os casos de pacientes mais idosos que sofrem quedas e fraturas sérias devido à visão prejudicada pela catarata. Como não existe tratamento clínico para a catarata, a única maneira de impedir o avanço da doença e a perda da visão é a cirurgia de remoção do cristalino e a colocação de uma lente intra-ocular artificial. A cegueira causada pela catarata pode ser reversível nos casos em que não há outras doenças oculares associadas, como a degeneração macular, a retinopatia diabética ou o glaucoma. Há uma ligação direta entre o cigarro e a catarata. Diversos estudos científicos apontam que quanto mais alguém fuma, maior a chance desta pessoa desenvolver catarata. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios revelam que cerca de 20% da população brasileira com 25 anos ou mais é fumante, por isso a incidência de catarata crescerá no País. O Brasil faz apenas 400 mil cirurgias de catarata por ano (somando o Sistema Único de Saúde (SUS) e o sistema privado). Para uma taxa efetiva de cirurgia de catarata deveriam ser realizadas 800 mil.